Prisma, Corsa, Kadett, Blazer… Os nomes de carro que a GM já matou
Fabricante não demonstra nenhum pudor de sepultar nomes que fizeram sucesso no mercado brasileiro. Prisma e Cobalt serão só mais dois
A
GM surpreendeu o mercado brasileiro ao anunciar, no fim da semana
passada, que o sedã compacto premium sucessor das versões mais caras do
Chevrolet Prisma e também do Cobalt não se chamará Prisma ou New
Prisma, mas sim Onix Sedan.
Com
isso, o modelo seguirá o caminho a ser adotado globalmente pelo
três-volumes, incluindo a China – onde ele se chamará simplesmente Onix,
já que o Onix hatch não existirá no gigante asiático.
O
Prisma seguirá vivo por meio da configuração Joy, que conviverá com o
novo sedã por algum tempo, mas dificilmente escapará da morte nos
próximos anos. Já o Cobalt deve ser aposentado muito em breve.
Esta
não é a primeira vez que a fabricante toma a decisão de mudar o nome de
um modelo ao substituir sua plataforma, promovendo assim uma sucessão
ao invés de troca de geração.
A j.l.o relembra outros exemplos do passado:
Monza – Vectra e Kadett
Sedã
médio de sucesso nos anos 80, tanto que chegou a liderar o ranking
nacional de vendas por um breve período, o Chevrolet Monza foi mantido
em linha no Brasil entre 1982 e 96.
O
modelo era derivado do alemão Opel Ascona, e começou a perder espaço em
91, quando o então presidente, Fernando Collor, abriu o mercado
automotivo nacional para produtos importados.
Nem
mesmo uma profunda reestilização vinda ainda em 91 salvou o Monza de
ser substituído pelo Vectra, que chegou em 93, não sem antes conviver
com seu sucessor durante três anos, até 96.
Já
o Monza S/R, derivação hatchback de apelo esportivo, teve muito menos
sucesso e existiu apenas de 86 a 89, dando lugar justamente ao Kadett.
Kadett – Astra
Vendido
no Brasil desde 1989, como sucessor do Monza S/R e a partir de um
projeto de origem Opel, o hatch médio (ou notchback, para os mais
puristas) teve sua vida útil esticada até 98 no Brasil, enquanto na
Europa foi descontinuado em 91.
Seu
substituto foi o Astra, também originário da alemã Opel e que foi
lançado por aqui em 95, chegando a conviver com o Kadett brasileiro por
alguns anos, tal qual ocorreu com Monza e Vectra.
Ao
encerrar as vendas do Kadett, a GM abdicou de uma história de mais de
60 anos, já que o nome foi usado pela primeira vez para designar um
modelo produzido em 1936. Vinte e seis anos depois, a alcunha foi
ressuscitada para denominar uma família de porte médio.
Chevette – Corsa
Outro
carro de nome forte que acabou descontinuado sem dó ou piedade foi o
Chevette, produzido localmente durante 20 anos – entre 73 e 93 – e que,
durante todo esse período, foi a porta de entrada da marca Chevrolet no
país.
Obsoleto
após a abertura de nosso mercado, o Chevette acabou dando lugar à
família Corsa, lançada no Brasil em janeiro de 1994 começando pela
carroceria hatch.
Corsa – Celta, Classic e Onix
Grande
sucesso da GM no mercado de compacto nos anos 90, o Corsinha conseguiu a
proeza de trocar de nome não uma nem duas, mas sim três vezes. Poderia
até pedir música no Fantástico, se quisesse.
Substituição
1: com a chegada da segunda geração, em 2002, a plataforma da primeira
geração deixou de ser oferecida sob o nome Corsa, mas seguiu ativa em
produção através do Celta – em linha desde 2000 -, que ia pouco além de
um Corsinha 1 repaginado.
Substituição
2: já o Corsa Sedan de primeira geração se tornou Corsa Classic em
2002, a fim de ser diferenciado do sedã pertencente à nova matriz. No
ano seguinte, virou simplesmente Classic.
Substituição 3: em 2012, o Corsa deixou definitivamente de existir no Brasil, dando lugar ao Onix.
Grande
sucesso da GM no mercado de compacto nos anos 90, o Corsinha conseguiu a
proeza de trocar de nome não uma nem duas, mas sim três vezes. Poderia
até pedir música no Fantástico, se quisesse.
Substituição
1: com a chegada da segunda geração, em 2002, a plataforma da primeira
geração deixou de ser oferecida sob o nome Corsa, mas seguiu ativa em
produção através do Celta – em linha desde 2000 -, que ia pouco além de
um Corsinha 1 repaginado.
Substituição
2: já o Corsa Sedan de primeira geração se tornou Corsa Classic em
2002, a fim de ser diferenciado do sedã pertencente à nova matriz. No
ano seguinte, virou simplesmente Classic.
Substituição 3: em 2012, o Corsa deixou definitivamente de existir no Brasil, dando lugar ao Onix.
Blazer – Trailblazer
SUV
derivado da picape S10, o Blazer foi mantido em linha no Brasil com o
mesmo nome entre 1995 e 2012. Entretanto, quando a S10 evoluiu da
segunda para a terceira geração, o Blazer passou a se chamar
Trailblazer.
No
ano passado o nome Blazer foi resgatado para designar um SUV invocado e
monobloco que nada tem a ver com a S10, e que deve ser trazido ao
Brasil na configuração para sete passageiros.
Vectra – Cruze
Num
dia caçador, no outro caça. Se o Vectra foi responsável por matar o
Monza em meados da década de 90, em 2011 o sedã médio derivado do
homônimo da Opel teve seu nome sepultado no Brasil.
A
diferença é que desta vez, em vez de outro projeto da marca alemão
então pertencente à GM, seu sucessor era um projeto Chevrolet de
verdade, vindo dos Estados Unidos: o Cruze.
Zafira e Meriva – Spin
Em 2012 a GM resolveu matar dois Opel vendidos em solo brasileiro sob a insígnia da Chevrolet, Zafira e Spin.
Para
seus lugares entraria um único modelo, a minivan Spin, construída sobre
a plataforma Gamma II, desenvolvida em parceria com a sul-coreana
Daewoo, e também usada por Onix, Prisma e Cobalt.
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